Reduzido número de inscritos e imposição de um mínimo de dez alunos para atribuir professor obrigam a formar turmas mistas. Há estudantes da disciplina de Tecnologias que são obrigados a partilhar teclados e rato ou a ter aulas sem equipamento.
A lógica de funcionamento em "turmas-bolha", recomendada pelo Ministério da Educação, está a ser subvertida nas aulas de Educação Moral e Religiosa Católica. São poucos os alunos que escolhem esta disciplina opcional, pelo que as escolas são forçadas a juntar na mesma sala jovens de turmas diferentes. A criação de turmas mistas pode aumentar o número de jovens mandados para casa em quarentena preventiva, caso algum fique infetado com covid, como já aconteceu no Liceu Francês do Porto.
A disciplina é facultativa para os alunos, mas obrigatória para as escolas. Significa que se pode inscrever uma mão cheia de alunos de cada turma. Como o Ministério da Educação só atribui professor a turmas com dez ou mais inscritos, as direções das escolas são forçadas a juntar alunos de várias turmas, afirmaram ao JN os dois presidentes de associações de diretores, Manuel Pereira (ANDE) e Filinto Lima (ANDAEP).