O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, condenou esta segunda-feira a violência e criminalidade paralela às manifestações antirracismo, acusando ainda o seu rival, Donald Trump, de "atiçar as brasas" da agitação social nos Estados Unidos.
"Pilhagens não são manifestações. Atear fogo não é manifestação. Nada disso tem a ver com manifestações. É anarquia, ponto final", destacou Joe Biden durante um discurso em Pittsburgh, no Estado da Pensilvânia, citado pela agência noticiosa AFP.
O antigo vice-presidente de Barack Obama, candidato democrata às eleições de 03 de novembro contra o atual presidente, o republicano Donald Trump, realçou que enquanto "as fogueiras estão a arder" o rival "acende as brasas em vez de lutar contra as chamas".
"O Presidente há muito abandonou toda a liderança moral. (...) Ele não pode parar a violência porque durante anos a fomentou", acusou.
"Donald Trump tem sido uma presença tóxica no nosso país há quatro anos", data de sua eleição surpreendente, acrescentou o democrata, acusando o atual Presidente de desde então "envenenar os valores" dos Estados Unidos.
Para Joe Biden, o republicano "falhou em proteger a América" num momento de crises históricas, com mais de 180 mil mortos devido à pandemia de covid-19, que afetou fortemente a economia, e uma onda de protestos contra o racismo e a brutalidade policial, que por vezes aumenta.
"Agora está a tentar assustar a América. É a isso que se resume toda a sua campanha presidencial: medo", realçou Biden.
O político veterano, de 77 anos, respondeu ainda a Donald Trump e a sua equipa, que descrevem Joe Biden como um fantoche nas mãos da extrema-esquerda.
"Vocês conhecem a minha história, a história da minha família. Então questionem-se: eu pareço um socialista radical com uma queda por criminosos?", realçou, manifestando indignação.