Mulheres optam cada vez mais por métodos não diários, como o implante e o anel vaginal. Comprimido que revolucionou a sexualidade feminina chegou ao mercado há 60 anos.
De 2015 a 2019, as farmácias encomendaram menos 1,1 milhões de embalagens de pílulas para colocar à venda, uma diminuição de 21%. A redução deve-se a uma quebra na procura das mulheres em idade fértil por este método, optando cada vez mais por soluções que não obriguem à utilização diária. No ano passado, dizem os dados da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) cedidos ao JN, os distribuidores colocaram nas farmácias 4,1 milhões de embalagens.
A 18 de agosto assinalaram-se 60 anos sobre a comercialização nos EUA do comprimido que revolucionaria a forma como as mulheres se relacionavam com a sua sexualidade. Segundo Teresa Bombas, da Sociedade Portuguesa da Contraceção, a oferta "mudou muito" nas últimas seis décadas. "As portuguesas, tal como a maioria das mulheres de países modernos, tendem a usar métodos não diários pela comodidade e maior facilidade de utilização". Porém, "a pílula continua a ser o método de preferência".