É praticamente oficial: a irmã de Kim Jong-un foi elevada a número dois do regime norte-coreano, depois de meses em que se destacou no aumento de tensões com a vizinha Coreia do Sul. O líder da Coreia do Norte delegou em Kim Yo-jong, 32 anos, parte da sua autoridade.
Segundo o Serviço Nacional de Informações (SNI) da Coreia do Sul - única via pela qual se tem sabido o pouco que se sabe das andanças em Pyongyang -, Kim Yo-jong, subdiretora do Comité Central do Partido dos Traballhadores, passa a assumir as relações (tensas) com Seul e com Washington, que são só as duas mais importantes. Assuntos económicos terão sido delegados a outras figuras do regime, numa altura em que é assumida a crise económica. A informação do SNI foi passada à comissão de informações do parlamento sul-coreano e divulgada por um deputado.
Incerteza
Mas o caráter fechado da Coreia do Norte permite duvidar da acuidade da notícia. E o próprio diretor do SNI terá assegurado aos parlamentares que não há sinais de que Jong-un esteja a preparar a irmã para a sucessão - não há ninguém na linha direta do líder para ocupar o seu lugar, dado o filho deste ser criança e o irmão ter sido afastado pelo pai de ambos, Kim Jong-il, por ser efeminado. Imprensa dedicada ao impenetrável regime dizia mesmo que Yo-jong tem estado ausente de eventos importantes.
A mulher ficou conhecida ao representar Pyongyang nos Jogos Olímpicos de Seul, primeiro sinal da aproximação das Coreias e ponto de partida das negociações com os EUA para a desnuclearização da península - entretanto fracassadas.