A greve dos motoristas começou à meia-noite. Pardal Henriques, porta-voz dos motoristas de matérias perigosas, chegou ao piquete de greve em Aveiras de trotineta elétrica.
"Cheguei de trotineta porque na última greve [em abril] fui acusado de chegar de Maserati e porque não sabemos quanto tempo vai durar esta greve", justificou o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) na Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras.
Pardal Henriques repetiu a disponibilidade para negociar, mas voltou a responsabilizar os patrões, garantindo que "os motoristas estão fartos de ser escravizados".
Em declarações, nos primeiros minutos de greve, o porta-voz sindical assegurou que os motoristas vão cumprir os serviços mínimos, mas apenas as 8 horas de trabalho - "não vão fazer mais" - o que, admitiu, poderá comprometer o cumprimento dos serviços mínimos, entre 50% e 100% fixados pelos Governo.
Pardal Henriques acusou os patrões de terem condicionado previamente os trabalhadores ainda antes do início da paralisação, que começou nesta segunda-feira por tempo indeterminado.
"Os portugueses vão aguardar até que a Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] apresente uma proposta que seja razoável para que se possa desconvocar a greve. Até lá estaremos um dia, uma semana, um mês, o tempo que for necessário", garantiu o porta-voz do SNMMP.
A greve, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), a que se associou o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).