Mário Centeno anunciou esta quinta-feira, no Twitter, que não é candidato à liderança do FMI, apesar de estar disponível para ajudar a chegar a um consenso.
"Ao encontrar um candidato para dirigir o FMI, como em outras decisões da União Europeia [UE], devemos lutar por uma posição comum. Quero ajudar a encontrar esse consenso e, por isso, não participarei nesta etapa do processo", escreveu Centeno numa publicação na rede social Twitter, numa alusão à eleição de sexta-feira.
Ainda assim, o governante garante permanecer "disponível para trabalhar em direção a uma solução que seja aceitável para todos", adianta na mesma publicação, feita em inglês.
A informação foi confirmada à agência Lusa por fonte do Ministério das Finanças, que reforçou que Mário Centeno não apresenta, assim, candidatura à votação de sexta-feira, quando os líderes da UE são chamados a escolher um candidato comunitário ao FMI.
Já fonte ligada ao processo especificou à Lusa que Mário Centeno retirou, assim, o seu nome para a votação de sexta-feira, "deixando de ser uma opção", mas não deixa "de estar disponível como hipótese de consenso numa fase posterior do processo".
"É uma forma de não alimentar uma divisão [dentro da UE], mas está disponível para uma solução de confiança" caso a votação de sexta-feira não tenha frutos, adiantou à Lusa a mesma fonte.
Com a desistência de Mário Centeno, continuam como candidatos o holandês Jeroen Dijsselbloem, o governador do banco central finlandês, Olli Rehn, a búlgara Kristalina Georgieva, atual 'número dois' do Banco Mundial, e a ministra das Finanças espanhola, Nadia Calvino.
Está, então, previsto que da discussão de sexta-feira de manhã saia um nome para candidato da UE ao FMI, tendo já o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, admitido que serão feitas "várias votações, se necessário", para chegar a um compromisso entre os 28 Estados-membros.
Lagarde, a primeira mulher a liderar o FMI, deixa o cargo para substituir Mario Draghi como presidente do Banco Central Europeu (BCE).