Um cidadão norte-americano da Carolina do Norte morreu, no início da semana, depois de ter ido nadar num lago e ter sido infetado por um organismo unicelular popularmente conhecido como "a ameba que come cérebros".
O homem, Eddie Gray, de 59 anos, sentiu-se mal depois de ter estado no lago de um parque aquático em Cumberland County, na Carolina do Norte, informou o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, em comunicado, na quinta-feira.
A "Naegleria fowleri", tipicamente encontrada em água doce morna, "não causa doenças se for ingerida pela boca, mas pode ser fatal se entrar pelo nariz, como pode suceder durante o mergulho, o esqui aquático ou outras atividades aquáticas".
De acordo com o "The New York Times", as infecções por "Naegleria fowleri" são raras, mas quase sempre mortais: das 145 pessoas infetadas nos EUA, desde 1962 a 2018, só quatro não morreram. A maioria dos infetados tem sido crianças e adolescentes do sexo masculino, segundo a agência Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, do Departamento de Saúde.
Os primeiros sinais de infeção, cujo nome técnico é meningoencefalite amebiana primária, podem incluir dores de cabeça, náuseas e vómitos. A doença progride rapidamente, sendo que a maioria das pessoas infetadas morre dentro de uma a duas semanas. Depois de o organismo entrar no corpo, por vias nasais, pode migrar para o cérebro através do nervo olfativo e destruir o tecido cerebral.
Para evitarem a infeção, as pessoas que nadam em água doce morna devem tentar limitar a quantidade de água que entra pelo nariz. "Mantenha o nariz fechado, use grampos nasais ou mantenha a cabeça acima da água ao participar em atividades aquáticas", que devem ser evitadas quando os níveis de água são baixos e as temperaturas são altas, aconselha o Departamento de Saúde.