Os conservadores da Nova Democracia ganham, com 39,8% dos votos, as eleições legislativas na Grécia, contra os 31,5% do Syriza, e a abstenção situou-se nos 42%, no momento em que estão apurados 94% dos resultados.
O Syriza, partido do primeiro-ministro cessante, Alexis Tsipras, ficou com uma desvantagem de oito pontos face ao seu principal rival político, o líder dos conservadores do Nova Democracia (ND), Kyriakos Mitsotakis, que conseguiu obter uma maioria absoluta.
A ND conseguiu eleger 158 deputados, para os 300 lugares do Parlamento, enquanto o Zyriza conserva apenas 86 dos 144 lugares que tinha no Parlamento atual.
Já o ex-ministro das Finanças grego Yanis Varofakis e o seu partido MeRA25 conseguiram alcançar nove lugares no Parlamento grego, numas eleições que castigaram o seu antigo parceiro, o líder de Syriza.
"Uma vez mais os gregos derrotaram um Governo que se atreveu a impor programas de resgate", disse Varofakis depois de conhecer os resultados das legislativas gregas de hoje.
MeRA25 entra no Parlamento superando ligeiramente o mínimo necessário de 3%.
Porém, a abstenção foi bastante elevada atingindo os 42%.
A abstenção é explicada por um certo cansaço dos gregos que foram chamados às urnas pela terceira vez em um mês e meio. No entanto, não é superior em mais do que um ponto à abstenção que se verificou nas Europeias e na primeira volta das municipais de 26 de maio.
O efeito da crise dos últimos anos no país, que teve de recorrer à ajuda externa, e o descrédito na classe política fez aumentar a abstenção de 29%, há dez anos, para mais de 40% agora.
O voto é obrigatório na Grécia entre os 17 e os 70 anos, mas as penalizações por não votar não são aplicadas, na prática.