O primeiro-ministro assumiu ter sido convidado para exercer um dos cargos de topo da União Europeia, tendo recusado por estar "exclusivamente" dedicado a Portugal.
"É sabido que sim", respondeu sucintamente o primeiro-ministro ao ser questionado sobre se teria sido convidado para desempenhar um dos cargos incluídos no 'pacote' hoje fechado pelo Conselho Europeu.
Escusando-se a entrar em pormenores, António Costarecordou que o seu compromisso é "com os portugueses, com Portugal e em Portugal nos próximos anos, exclusivamente".
"Já disse o que tinha a dizer várias vezes sobre essa matéria. Não tenciono desertar de Portugal. Estou muito empenhado em continuar a fazer aquilo que tenho vindo que a fazer, como aliás está provado", reforçou.
Em 9 de maio, hoje à chegada à cimeira informal de líderes da União Europeia em Sibiu, Roménia, o primeiro-ministro tinha declarado não ser candidato "a nada" na hierarquia europeia.
Questionado então pelos jornalistas sobre notícias na imprensa internacional, designadamente no Financial Times, que o apontavam como eventual candidato surpresa à sucessão de Donald Tusk como presidente do Conselho Europeu, António Costa afirmou que tal "é muito elogioso", mas disse que, "seguramente", não seria candidato na "guerra dos tronos da União Europeia".
"Eu não sou candidato a nada a não ser às funções que exerço em Portugal", asseverou, sublinhando estar "muito concentrado" no seu trabalho em Portugal.
Na altura, Costa voluntariou-se para ser parte "ativa na decisão de qual deva ser a equipa dirigente da UE a seguir às eleições europeias", uma disponibilidade que o levou a ser, juntamente com o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, o negociador dos socialistas europeus nas discussões entre aquela família política, o Partido Popular Europeu e os liberais sobre as nomeações para os cargos de topo da União Europeia.