Várias ruas de Campolide, em Lisboa, têm há algumas semanas locais tarifados pela EMEL em que as viaturas ocupam metade da faixa de rodagem e metade do passeio.
O JN esteve esta quarta-feira no local e verificou a situação nas ruas Vieira Lusitano, Conde das Antas, Leandro Braga e Soares dos Reis. O desenho está bem pintado no alcatrão e há sinalização a explicar como proceder.
Em todos os casos, os lugares delimitam o espaço de estacionamento entre a faixa de rodagem e pilaretes que impedem que os mesmos fiquem demasiado encostados aos prédios. Em alguns casos, porém, o espaço que fica entre o passeio e os edifícios é demasiado curto para quem, por exemplo, se deslocar com um carrinho de bebé.
Segundo um morador na rua Vieira Lusitano, aquele é um bairro com graves problemas de estacionamento. "Antes dos parquímetros, já havia muitas pessoas que deixavam os carros em cima dos passeios, mas quando a polícia passava eram multadas. Agora, podem fazê-lo, mas pagam para isso durante o dia", contou ao JN, solicitando o anonimato.
Outra moradora disse não ter notado que haja mais lugares desde que a situação foi criada. "A única coisa que mudou é que agora são pagos, mas mesmo assim, é muito difícil estacionar no bairro", afirmou.
Segundo a alínea 1 do artigo 49 do Código da Estrada, é proibido estacionar "nas pistas de velocípedes, nos ilhéus direcionais, nas placas centrais das rotundas, nos passeios e demais locais destinados ao trânsito de peões". As coimas previstas vão de 30 a 150 euros.
O JN contactou a EMEL - Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa, mas uma fonte da empresa remeteu explicações para a Câmara, que, disse, "é responsável pelo layout dos lugares". Por parte da Câmara de Lisboa, não foi possível qualquer contacto até ao momento.