Assunção Cristas, presidente do CDS-PP, apresentou esta segunda-feira o seu livro "Confiança", e assumiu a sua confiança nos seus resultados nas eleições legislativas de outubro.
Assunção Cristas juntou, numa sala de um centro comercial em Lisboa, algumas dezenas de pessoas, entre familiares, amigos, militantes e dirigentes do CDS, mas também do PSD, entre eles a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que chefiou o Governo em que foi ministra da Agricultura.
O otimismo é uma característica que partilha com outro otimista, o primeiro-ministro, António Costa, com quem protagonizou alguns debates acesos no parlamento, mas Assunção evitou entrar em polémicas políticas.
Muitas vezes sou crítica do primeiro-ministro, mas nunca me ouviram criticar o seu otimismo
"Eu sou muito otimista. Felizmente há muitas pessoas otimistas no nosso país e isso é positivo. Muitas vezes sou crítica do primeiro-ministro, mas nunca me ouviram criticar o seu otimismo", afirmou, com um sorriso, aos jornalistas, fazendo um intervalo na sessão de autógrafos na apresentação do livro, pelo ensaísta Pedro Mexia, seu amigo de juventude.
Ao longo de 246 páginas, Cristas percorre a sua carreira, profissional e política, fala da importância da participação das mulheres na vida política e em todos os níveis da sociedade, recusando que a obra seja apenas "para elas".
"Precisamos de mulheres e de homens cada vez mais na política, em todas as posições da nossa sociedade e também nas posições de topo. Precisamos que estejam homens de qualidade e mulheres de qualidade, que às vezes estão mais escondidas", disse ainda.
Assunção afirma ter "confiança no país", "confiança em todos os portugueses que lutam todos os dias por um país melhor" e "muita confiança e muita esperança no futuro".
A deputada e ex-ministra emocionou-se quando disse que foram os seus pais a ensiná-la a ser otimista e afirmou acreditar que o otimismo pode e deve ser usado na "transformação da realidade" a favor das pessoas e da resolução dos seus problemas.
Tal como disseram Pedro Mexia, Cristas, primeira mulher a liderar o CDS, reconheceu que ganhou "o gosto" pela política nos dez anos a que se referem o livro, desde o "desafio" que lhe foi feito pelo ex-líder, Paulo Portas, a entrar para o partido, depois candidatar-se a deputada e a entrar para o executivo.