O Superior Tribunal Militar do Brasil decidiu, esta quinta-feira, libertar nove agentes da polícia militar que foram presos após alegadamente terem disparado 80 tiros contra um carro na cidade brasileira do Rio de Janeiro, provocando a morte de duas pessoas.
A decisão responde a um pedido de 'habeas corpus' dos advogados dos militares, que agora ficam em liberdade até serem julgados neste processo em que são acusados da prática dos crimes de homicídio qualificado e omissão de socorro.
Em abril, um grupo de 10 militares desferiu 80 tiros contra um carro, no qual seguiam cinco pessoas que estavam a caminho de um evento familiar.
Evaldo Santos Rosa, músico de 51 anos, e Luciano Macedo, um transeunte que estava no local no momento dos disparos e que tentou socorrer a família que seguia no veículo, morreram.
Além de Evaldo Santos Rosa, encontravam-se no veículo a sua mulher, o filho de ambos, de 7 anos, o sogro e uma amiga do casal.
Segundo testemunhas, mesmo depois de o veículo estar parado, os militares continuaram a disparar e, enquanto decorriam os disparos, a mulher de Evaldo, a amiga e o filho do casal rastejaram para fora da viatura.
A Justiça Militar brasileira tinha determinado a prisão preventiva de nove militares suspeitos de terem efetuado os disparos.
Num primeiro momento, os militares foram detidos por terem desrespeitado as normas de abordagem do Exército.
Os militares que dispararam sobre o carro alegaram ter confundido o veículo com um outro que seria dirigido por criminosos.