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Autor Tópico: Últimos moradores do Aleixo queixam-se das habitações novas  (Lida 665 vezes)

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Offline Nelito

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Moradores criticam a Câmara do Porto pela falta de apoio nas mudanças e das novas casas serem pequenas e onde não cabem os móveis.

O prazo está estabelecido e todos os moradores que ainda habitam nas três torres do Bairro do Aleixo terão de abandonar as casas até ao dia 23. Apanhadas, como afirmam, de surpresa, estas últimas famílias - 11 - dizem não conseguir fazer a mudança, até porque os elevadores estão avariados e o senhorio, a Câmara do Porto, "não está a prestar apoio no transporte" dos bens para as novas casas.

No mês passado, perante as mesmas críticas, a Câmara do Porto já tinha esclarecido que os realojamentos estão a ser articulados com os moradores.

Em Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, Rui Moreira, destacou o trabalho desenvolvido no realojamento pela Domus Social, que "tem articulado com os moradores o destino de cada família, não colocando nunca uma única opção de realojamento"

As queixas foram esta quinta-feira ouvidas pela vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, que vai questionar o executivo liderado por Rui Moreira sobre "esta injustiça". Pessoas idosas a viverem sozinhas num 12.º andar, outras acamadas, como a Dona Orquídea que foi colocada num bairro diferente do da filha que cuida dela, famílias sem meios financeiros para contratar uma empresa de mudanças. "Os elevadores estão avariados e muita gente está a lançar os móveis pela janela, presos por cordas", conta Áurea Santos. Mora num 11º andar com o marido e três filhos. Já recebeu as chaves da nova casa no Bairro de Pinheiro Torres.

"Vou ter de ir à Câmara e entregar as chaves porque não quero estar no meio do tráfico de droga. Para isso não saia daqui", diz Áurea. No Aleixo, vive num T2 e vai para Pinheiro Torres viver num T4 mas com uma área bem menor. O marido é pescador e dorme de dia. Afirma que há barulho e que quando abre as janelas "só se vê droga". Áurea tem medo do futuro. "Não quero que ele vá para lá porque sei que é para andar à porrada", acrescenta.

Luísa Ferreira, de 52 anos, como muitos dos moradores, veio da Ribeira para o Aleixo ainda pequena. Hoje vive com a neta e foi realojada em Francos. "Moro aqui numa rica casa e vou para um bueiro. Mas o mais chocante é a forma como somos tratados, tudo porque estes terrenos são apetecíveis para construção. Há muitos portugueses com casas bem piores que as nossas mas aqui o pretexto da droga serve para isto", conta, lembrando as obras que fez há oito anos, para as quais pediu um empréstimo bancário e que vai continuar a pagar já na casa de Francos.

"A CDU vai propor que seja revista a posição que a câmara está a assumir para com estas pessoas. Há queixas que não existe apoio nas mudanças, da dimensão reduzida das novas casas e da necessidade de pagarem os novos contadores de água. Estas pessoas foram obrigadas a sair daqui", salienta Ilda Figueiredo.

"Fomos aldrabados", refere António Vieira da Torre 2. A vereadora comunista concorda e relembra que, na Autarquia, ainda tentou reverter a situação e que a "Câmara assumisse a posse dos terrenos", após o Fundo Imobiliário ter ficado sem capacidade financeira para construir as casas sociais prometidas em troca dos terrenos do Aleixo. "Existem casas em construção mas aquém do prometido", acrescenta.

Foi em setembro de 2018 que o presidente de Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou a antecipação do realojamento dos moradores do bairro, enquanto o fundo do Aleixo, constituído há 10 anos, não entrega as habitações a que se comprometeu. A completa degradação dos edifícios e a situação de emergência social devido ao tráfico e consumo de droga motivaram a intervenção de Rui Moreira. "O Aleixo é hoje uma tragédia que acontece a céu aberto", diria o autarca, ao JN, no final desse mês de setembro.

A ambição era realojar toda a gente no espaço de seis meses, uma meta que a Câmara não conseguiu cumprir, conforme reconheceu Rui Moreira, em Assembleia Municipal. Na altura, o presidente da Câmara avançou com duas razões principais para o atraso: a complexidade do processo e a operação policial que, em fevereiro, desmantelou uma rede de tráfico e em que foram detidas 15 pessoas. "No Aleixo vivem pessoas, famílias, crianças e idosos com vidas como todos nós. Frequentam centros de dia, escolas, têm necessidades especiais. Nem sempre as suas vidas encaixam na habitação social que vai vagando", sublinhou.

Reiterando que "cada caso é um caso", Rui Moreira destacou o trabalho desenvolvido no realojamento pela Domus Social.

Quanto à operação policial, esclareceu que a Câmara tem o dever de colaborar com as autoridades, mas que a ação "atrasou consideravelmente o processo [de realojamento]". Acrescentou que tudo teve de ser feito com "obrigatória discrição" e respeitando o "dever de sigilo", que se sobrepôs ao de informar que alguns realojamentos eram atrasados a pedido das autoridades.
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