Justiça brasileira quer luso-brasileiro José Carlos Lavouras na cadeia, mas o Estado português recusa extraditá-lo.
No Brasil é apelidado de "chefe da máfia dos ónibus do Rio de Janeiro" e é um dos visados no caso Lava Jato procurados pela Justiça. O milionário José Carlos Lavouras está em Portugal e vive no Porto, onde beneficia da nacionalidade lusa e não pode ser extraditado. É um dos donos de respeitáveis empresas: Gondomarense e Águas de Carvalhelhos. O Ministério Público português abriu dois inquéritos por suspeitas de branqueamento, mas a sua defesa sublinha que as sociedades em Portugal nada têm a ver com o "Lava Jato". Em terras de Vera Cruz, o empresário liderou durante anos a poderosa Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro. Segundo as autoridades locais, terá estado na origem do pagamento de 133 milhões de euros em subornos a políticos.
No Rio, para onde não se desloca, por arriscar ser imediatamente detido, está formalmente acusado - num caso derivado do caso Lava Jato - de ter criado um "saco azul" milionário, com outros empresários do setor dos transportes, destinado a pagar luvas a políticos. Em troca, alegadamente conseguiriam benefícios fiscais, assim como vantajosos aumentos de tarifas dos transportes, permitindo lucros chorudos.