A bebé que morreu no incêndio desta segunda-feira na Amadora foi encontrada carbonizada pelos bombeiros no patamar de entrada do prédio. Mãe sofreu queimaduras graves.
O desespero de uma mãe a tentar salvar a filha de um ano de um incêndio acabou em tragédia, na Amadora.
O fogo deflagrou no rés-do-chão esquerdo daquele edifício, com o fumo a invadir a caixa de escadas. A mulher reside no segundo andar do prédio, na estrada Salvador Allende, na Venteira. Na aflição, ao fugir do incêndio, terá deixado cair a filha, que só viria a ser encontrada pelos bombeiros, já sem vida, carbonizada, no patamar do prédio.
A mãe da menina sofreu queimaduras graves. Carla Nunes, uma das primeiras pessoas a chegar ao local, contou ao JN que viu a mulher a sair do edifício, cabelo a arder, braços em chamas.
A avó da menina havia de ser retirada do prédio já inconsciente. Há ainda mais quatro feridos, entre estes o pai da bebé que morreu. Ao ver o fumo a subir pelas escadas, o homem saltou da janela do 2.º andar.
De acordo com fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), um bebé de oito meses ficou intoxicado e foi transportado para o Hospital de Santa Maria.
Entre os feridos graves estão duas mulheres, uma de 28 anos que foi transportada para o Hospital de S. José, e outra de 25 anos, que foi levada para o Hospital de Santa Maria.
Segundo o comandante dos Bombeiros da Amadora, Mário Conde, o rés-do-chão ficou completamente destruído, dificultando, inclusive, o trabalho da Polícia Judiciária, que foi chamada ao local para averiguar as causas do incêndio.
O alerta foi recebido às 7.18 horas da manhã desta segunda-feira. As chamas foram dadas como extintas às 7.56 horas, disse ao JN fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS), de Lisboa.
O combate às chamas mobilizou 26 operacionais, dos bombeiros de Queluz e Amadora, apoiados por nove viaturas. Entre os meios conta-se a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital Fernando Fonseca, e a PSP.