Os proveitos de aposento e os proveitos totais na hotelaria cresceram 12% e 12,5%, respetivamente, no ano passado na região Norte, muito à frente das regiões turísticas mais maduras e ao dobro da média nacional.
O Norte foi a região estrela no turismo nacional durante o ano passado. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), foi no Norte que mais aumentaram os rendimentos da hotelaria, quer na vertente apenas de alojamento (+12,5%), quer nos proveitos totais (+12%), num ano de abrandamento de crescimento em que a média nacional destes indicadores foi de apenas 6,5% e 6%, respetivamente.
As dormidas cresceram mais no Norte durante todo o ano passado (+5,2%) quando a taxa de variação do país foi nula. O Alentejo cresceu 3,6% nas dormidas, Lisboa aumentou 1,1% neste indicador e os Açores registaram +0,1%.
No total do ano, a hotelaria recebeu apenas +1,7% de hóspedes, um valor impulsionado pelo aumento da procura dos residentes (+3,9%), uma vez que os estrangeiros praticamente estagnaram o crescimento (+0,4%). Nas dormidas, foi mais evidente esse aumento dos portugueses (+5%) e a retração dos estrangeiros (-2%), o que levou a uma diminuição da estada média nos estabelecimentos hoteleiros de -1,7% (+1,1% de residentes e -2,4% de estrangeiros).
Apesar da diminuição de 1,1 pontos percentuais da taxa média de ocupação-cama para 51,2%, os estabelecimentos hoteleiros conseguiram aumentar os proveitos, tal como referido, e o rendimento médio por quarto em 4,5% para 52,5 euros.
O INE sublinha que, "entre 2008 e 2018, as dormidas de residentes cresceram 28,2% e as de não residentes aumentaram 56,1%", o que aumentou o peso dos mercados externos para 71% em 2018, comparando com os 66,8% de 2008. Ao longo do ano passado, contudo, Portugal continuou a perder dormidas do mercado britânico (-7,5%), do alemão (-4,3%), do francês (-2,7%), do italiano (-3,7%), do irlandês (-0,4%), do polaco (-15,4%), do belga (-2,8%) e do dinamarquês (-7%). Em contrapartida, o país recebeu mais 9,4% de brasileiros, 1,9% de espanhóis, 19,9% de norte-americanos, 16,7% de canadianos e 1,3% de suecos.