A defesa da liberdade, a promoção da saúde, da educação e do desenvolvimento humano, a sustentabilidade do ambiente e as relações externas são as prioridades da moção estratégica global alternativa apresentada este sábado no congresso do Aliança, em Évora.
A moção, intitulada "Desenvolver Portugal", é subscrita e foi apresentada pelo delegado ao congresso nacional do partido Celso Pereira Nunes.
Mesmo sem ter recolhido as 100 assinaturas de que necessitava para apresentar a sua moção, Celso Nunes recebeu "luz verde" para transmitir as suas ideias e, no palco, elencou as seis prioridades do documento.
Afirmação, defesa e promoção da liberdade, promoção da saúde "através de políticas de conceção holística", promoção da educação e da formação ao longo da vida, promoção do desenvolvimento humano, promoção de um rumo sustentável para o ambiente e as relações externas são os eixos da moção, consultada pela agência Lusa.
Logo no início da intervenção, Celso Nunes dirigiu-se aos delegados e observadores presentes na sala e apresentou-se: "O meu nome não é Tino, nem sou de Rans, nem sou socialista, mas vou ter que dizer algumas coisas básicas e atirar uma pedra ao ar".
O subscritor da moção, professor universitário, disse ser, pela "primeira vez", graças à Aliança fundada por Pedro Santana Lopes, militante de um partido político, mas contestou o facto de necessitar de 100 assinaturas para apresentar uma moção.
"Se usarmos formas antigas de fazer política internamente, estaremos no máximo a discutir os dois milhões de votos com outros dois partidos", alertou.
Mas, se "pensarmos fora da caixa" e "mostrarmos que no Aliança a competência não precisa de 100 assinaturas para ser votada iremos disputar os 4,5 milhões de votos que não existem por abstenção, votos brancos e votos nulos", contrapôs.
Segundo Celso Nunes, "a ideia que as pessoas" têm dos partidos políticos é a de que acolhem "bajuladores", mas, naquilo que depender de si, a Aliança "será um partido novo, com uma democracia interna e sem leis de ferro oligárquicas".
Durante o discurso de Celso Nunes, diversos delegados foram saindo da sala, regressando só depois, para ouvirem a apresentação da moção estratégica global subscrita pelo líder e fundador do partido Pedro Santana Lopes.
Um delegado até interrompeu a intervenção de Celso Nunes, interrogando-o sobre o que estava ali a fazer, mas a presidente da mesa do congresso, Ana Costa Freitas, não deixou que as perguntas continuassem: "Temos de o deixar acabar, vamos respeitar, são 10 minutos" de intervenção.