O Sindicato dos Enfermeiros (SE) e o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) anunciaram, esta sexta-feira, um pré-aviso de greve de zelo, com início em março, reivindicando a reabertura da renegociação do Acordo Coletivo de Trabalho.
Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, no Porto, na sede do SE, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, José Azevedo, disse que as duas estruturas (reunidas na FENSE - Federação dos Sindicatos de Enfermeiros), que não estão envolvidas na greve nos blocos cirúrgicos de hospitais públicos, vão avançar com "o pré-aviso de greve de zelo" para ter início em março.
O objetivo é "acelerar a luta que está em cima da mesa" e resulta de os sindicatos estarem desde "16 de agosto de 2017 em negociações com o Governo sobre um acordo coletivo de trabalho" e perderam a paciência.
"Efetivamente o nosso estoicismo vai para além daquilo que é exigível e daí que, sem causar muito estrago, queremos fazer uma greve de zelo de maneira a que os enfermeiros ainda sejam mais zelosos daquilo que têm sido", declarou José Azevedo, acrescentando que a greve de zelo será de "duração indeterminada" e tem também "um fim pedagógico", porque, refere, já aqui andam há um "tempito" e sabem "como é que isto se faz".
Fernando Parreira, do SIPE, acrescentou, por seu turno, que os sindicatos vão solicitar à ministra da Saúde a reabertura das negociações, depois de já o terem feito no dia 30 de janeiro, data em que entregaram um documento a pedir a reabertura da negociação do Acordo Coletivo de Trabalha, mas sem resposta. "Da nossa parte não cortámos [relações com o Ministério da Saúde]", disse Fernando Parreira.