O número de mortos após a rutura da de uma barragem em Brumadinho, no Brasil, atingiu os 110, estando ainda desaparecidas 238 pessoas, segundo informaram hoje o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de Minas Gerais.
Dos corpos resgatados, 71 foram identificados. Há ainda a informação de que 394 pessoas, cujos familiares desconheciam o seu paradeiro, já foram localizadas e 108 encontram-se desalojadas.
"Nos próximos dias, com certeza que o número de corpos irá aumentar. Entretanto, a velocidade de avanço [das buscas] diminui, porque o trabalho é mais minucioso", afirmou à imprensa brasileira o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Pedro Aihara.
Neste sétimo dia de buscas, os trabalhos mobilizaram mais de 360 militares e 15 aeronaves, segundo a plataforma de notícias G1. Além dos militares, 66 voluntários trabalham também no local.
Devido ao avançado estado de decomposição dos corpos, a identificação está a ser feita através de impressões digitais, exames odontológicos e testes de ADN, segundo o chefe da Polícia Civil Arlen Bahia.
Na sexta-feira, a rutura da barragem da empresa de mineração Vale, no município de Brumadinho, na região metropolitana da cidade brasileira de Belo Horizonte, causou uma avalanche de lama e de resíduos minerais que soterrou parte das instalações da empresa e habitações na área onde o desastre aconteceu.
Hoje, a missão israelita que apoiou os trabalhos de resgate das vítimas de Brumadinho terminou.
A delegação, composta por 130 membros, entre soldados e engenheiros especializados em resgate, chegou ao Brasil no passado domingo.
Numa mensagem partilhada na rede social Twitter, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, agradeceu a atuação das equipas de Israel.
"As bravas tropas israelitas, cedidas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, encerram hoje a missão no Brasil. Agradeço, em nome do povo brasileiro, ao Estado de Israel pelos serviços prestados em Brumadinho, em parceria com os nossos guerreiros das Forças Armadas e bombeiros", escreveu Bolsonaro.