O número de manifestantes mortos durante os protestos ocorridos na quarta-feira em toda a Venezuela contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro aumentou para sete, de acordo com o mais recente balanço das autoridades hoje divulgado.
Quatro pessoas foram mortalmente baleadas na cidade de Barinas, no sul do país, segundo o porta-voz da oposição Freddy Superlano. No Estado de Tachira, três pessoas morreram em protestos na cidade de San Cristobal, indicou um porta-voz da Proteção Civil local.
Segundo Superlano os membros da polícia e da Guarda Nacional estavam a dispersar os manifestantes no final de uma marcha da oposição quando o tiroteio começou, fazendo igualmente três feridos.
VENEZUELA
Manifestantes dispersados com tiros e gás lacrimogéneo
Dezenas de milhares de pessoas em Caracas e por toda a Venezuela saíram à rua na quarta-feira para apoiar o dirigente máximo da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se autoproclamou Presidente interino e expressou a intenção de convocar "eleições livres".
"Levantemos a mão: Hoje, 23 de janeiro, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação [da Presidência da República], um Governo de transição e eleições livres", declarou.
O engenheiro mecânico de 35 anos tornou-se rapidamente o rosto da oposição venezuelana ao assumir, a 3 de janeiro, a presidência da Assembleia Nacional, única instituição à margem do regime vigente no país.