O recém-eleito governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel afirmou, esta quinta-feira, que a medida correta para combater a criminalidade no Estado é matar os "bandidos que estejam de arma".
"O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e... fogo! Para não ter erro", afirmou à imprensa brasileira o governador eleito, que é também ex-juiz federal.
Com um discurso apoiado no combate à corrupção e ao tráfico de drogas, além da promessa de promover o desenvolvimento económico, Wilson Witzel, do Partido Social Cristão (PSC), reafirmou que os polícias que matarem os criminosos portadores de arma não devem ser responsabilizados "em hipótese alguma".
Segundo Witzel, a autorização para o "abate", caso seja oficializada, não aumentará as mortes no Estado do Rio de Janeiro, mas reduzirá o número "de bandidos de fuzil em circulação".
O Rio de Janeiro é um dos Estados brasileiros com maior índice de mortes por criminalidade, com cerca de 500 registadas por mês, ou 16 assassinatos por dia, segundo a revista brasileira Isto é.
O novo governador aproveitou ainda para chamar os seus antecessores no governo do Rio de Janeiro de "constelação de pilantras" e afirmou que vai pedir à futura gestão Jair Bolsonaro a permanência das Forças Armadas no estado, de janeiro até outubro de 2019.
Um aumento de dez meses além do prazo do decreto da intervenção federal na segurança.