O presidente dos Estados Unidos da América desencadeou na sexta-feira uma míni tempestade na rede social Twitter ao atacar a mulher que acusou o seu candidato ao Supremo Tribunal, Brett Kavanaugh, de ter esperado anos para apresentar queixa.
As reações que suscitou fizeram que a palavra-chave #WhyIDidntReport ("Por que não apresentei queixa") fosse a principal do dia nesta rede social nos EUA.
Ao início da tarde, esta hashtag, com reminiscências com a #MeToo ("Eu também"), relativa à denúncia de abusos sexuais, ocupava a primeira posição das 'tendências' do dia nos EUA, correspondendo a um afluxo massivo de mensagens nesta rede social com esta palavra-chave.
Ao fim da manhã, já se acumulavam dezenas de milhares de mensagens, alimentadas por vagas de testemunhos de mulheres que, à semelhança de Christine Blasey Ford, revelavam terem ficado silenciosas sobre o assédio ou as agressões sexuais que sofreram.
Testemunho das parecenças com o #MeToo, encontravam-se neste novo hashtag várias assinaturas emblemáticas do movimento anti-assédio que percorre os EUA desde há cerca de um ano, como as atrizes Ashley Judd ou Alyssa Milano.
Foi esta última que lançou o hashtag a meio da manhã, em resposta à mensagem, que Donald Trump tinha colocado na rede social Twitter, incendiando os ânimos ao afirmar: "Se os ataques [de Kavanaugh] foram tão graves como diz a dra. Ford, teria havido uma queixa dela ou dos seus queridos pais".