Os chefes da polícia e dos bombeiros gregos foram, este domingo, substituídos pelo governo, que continua a ser muito pressionado pela gestão do mortífero incêndio no leste de Atenas que provocou 90 mortos.
"A direção dos bombeiros será assegurada a partir de hoje pelo atual chefe-adjunto, general Vassilios Matheopoulos" e a da polícia pelo "atual chefe-adjunto deste corpo, o general Aristidis Andrikopoulos", indicou um breve comunicado do gabinete do primeiro-ministro Alexis Tsipras após uma reunião do Executivo.
Esta decisão surge dois dias após a demissão do ministro-adjunto responsável pela Proteção dos cidadãos, Nikos Toskas, também responsabilizado pela oposição e diversos media de "má gestão" operacional do incêndio de 23 de julho, o mais mortífero do país.
O ministro, que permanecia em funções desde 2015, tinha indicado que "a perda de tantas vidas humanas em Mati tinha demovido o [seu] desejo de continuar".
Um dia após o devastador incêndio, Toskas indicou ter proposto a sua demissão ao primeiro-ministro, que na ocasião recusou o pedido.
A responsabilidade da proteção civil foi transferida para o ministro do Interior, Panos Skourletis.
Um responsável dos bombeiros revelou hoje que duas pessoas, em estado grave devido aos incêndios nas estâncias balneares de Mati e Rafina, não resistiram aos ferimentos este fim de semana, elevando o balanço para 90 mortos.
Tsipras encontra-se sob pressão desde a passada semana por ter apenas reconhecido a "responsabilidade política" do terrível incêndio, que se propagou de forma muito rápida a partir uma colina devido aos fortes ventos, em direção à povoação de Mati e arredores, em grande parte construída num pinhal.