O incêndio que deflagrou na fábrica têxtil António de Almeida e Filhos terá sido provocado por um raio que atingiu a vila cerca de dois minutos antes de duas vizinhas se terem apercebido do fumo preto que saía da zona do porão dos acabamentos.
"Primeiro houve uma trovoada muito grande e nisto houve um grande trovão. Aquilo foi semelhante estrondo, parecia uma explosão que iluminou tudo. Passado uns segundos vimos logo o fumo", assegura Aurélia Pereira, que testemunhou o início do fogo.
Aurélia e a vizinha Rosalina Abreu correram a alertar o porteiro da fábrica para o incêndio. Ninguém se tinha apercebido de nada, ainda, já que a zona do porão não tinha gente, embora a fábrica estivesse a laborar.
Pelo caminho, Rosalina Abreu ainda ligou ao marido que estava a trabalhar no interior do edifício. Depois do aviso das vizinhas, foi dado o alerta para os Bombeiros, uma vez que o sistema de ventilação da zona do porão se revelou naturalmente incapaz de aspirar o fumo do incêndio.
Ao JN, os funcionários da fábrica confirmaram que o raio caiu muito perto, ao mesmo tempo que um grande clarão atravessou a fábrica toda. Depois do raio, a eletricidade falhou por um período muito curto de "menos de um segundo".
As autoridades estão a investigar se o trovão caiu mesmo na zona da fábrica onde estava o quadro elétrico ou se a quebra de luz, provocada pelo raio, foi a causadora de um curto-circuito que provocou as chamas.
Os Bombeiros, autoridades e a administração da António Almeida e Filhos não confirmam, para já, qualquer causa para o início do incêndio. A empresa anunciou que vai emitir um comunicado esta sexta-feira.