Protestos. Há um mês, várias federações de bombeiros protestavam contra o governo. A ministra criou um grupo de trabalho
A época de incêndios arrancou neste ano num clima de conflito entre os bombeiros e o governo. Em causa estavam questões de financiamento e meios exigidos pelas corporações e associações de bombeiros voluntários. O PSD teve eco da contenda e questionou, no final de maio, a ministra da Administração, alertando para os efeitos que uma situação de "rutura" entre quem está na linha da frente no combate aos fogos e a tutela poderia vir a ter no dispositivo. A resposta não chegou ainda.
O alvo da contestação dos bombeiros era então o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que tem competências delegadas pela ministra para esta matéria. A tensão subiu de tal forma que Constança Urbano de Sousa teve de intervir para propor a criação de um grupo de trabalho que analisasse as reivindicações apresentadas pelas federações de bombeiros, cujo resultado do trabalho não é ainda conhecido.
Entre as federações mais contestatárias e os bombeiros mais descontentes estava a de Viseu, na zona centro do país, que o Instituto do Mar e da Atmosfera classifica de elevado risco de incêndios no verão. O presidente José Amaro Antunes acusou os políticos de "inércia" e criticou pessoalmente Jorge Gomes, quando o secretário de Estado estava no distrito para celebrar o Dia do Bombeiro.