O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou hoje a maioria que suporta o Governo de ter uma "atitude arrogante e sobranceira" e de estar a "hipotecar a qualidade das políticas públicas".
"Hoje, a maioria que decide o destino do país não exibe sinais de tolerância, de pluralismo, de respeito pela liberdade (...). E é por isso que o país precisa muito do PSD", disse Pedro Passos Coelho, durante o jantar que assinala, na Alfândega do Porto, o 42.º aniversário do PSD.
"Nós estaremos na primeira linha na denúncia desta atitude política arrogante e sobranceira que, em nome do dinheiro público, em nome do Estado, no fundo, o que está a hipotecar é a qualidade das políticas públicas e a possibilidade de cada um escolher o que é melhor para si próprio", acrescentou".
Pedro Passos Coelho vincou, por várias vezes, ao longo do seu discurso, que o PSD está "disponível" para todos os portugueses, "independentemente da sua orientação programática ou ideológica".
"Contarão sempre connosco. Não somos daqueles que amuamos nem fazemos fitinhas. Vi disso durante quatro anos, muitas vezes, no plano político e parlamentar. Nós nunca amuamos quando tivemos a responsabilidade de governar e hoje, que não temos, estamos ao serviço dos portugueses, estamos ao serviço de Portugal", disse o também ex-primeiro-ministro.
Ao longo da sua intervenção, e perante algumas centenas de convidados, Passos Coelho voltou a comentar a polémica em volta do fim dos contratos de associação com os colégios privados, para reiterar que a atitude do Governo é "retrograda", considerando que "a maioria que hoje nos governa, governa para si própria, não governa a pensar nos cidadãos".