António Costa foi rápido a responder ao PSD, que quer reduzir o número de deputados e defende o voto preferencial
"Não há nesta legislatura manifestamente condições para fazer uma alteração das leis eleitorais. Isso parte dos acordos" com o BE, PCP e PEV, afirmou António Costa.
Por determinação constitucional, os sistemas eleitorais só podem ser mudados com dois terços dos votos favoráveis dos deputados - ou seja, implicam um acordo PS/PSD. Com o "não" de Costa, a reforma proposta pelo PSD morre literalmente à nascença.
PSD propõe redução do número de deputados
O líder socialista falava na sede nacional do seu partido onde se deslocou para entregar a moção global que sustentará a sua recandidatura a secretário-geral (eleições diretas marcadas para 20 e 21 deste mês e congresso para os dias 3, 4 e 5 de junho, em Lisboa). "Cumprir a alternativa, consolidar a esperança" é o título da moção, cujo redator principal foi o eurodeputado (e ex-ministro) Pedro Silva Pereira.
No programa com que se apresentou às últimas legislativas o PS previa uma reforma do sistema eleitoral que incluiria a criação de círculos uninominais mas depois, no Programa de Governo, essa proposta caiu, precisamente por causa dos acordos entretanto firmados entre o PS e os partidos parlamentares à sua esquerda.