Auxiliar de Centro Social e Paroquial diz que chegou a ser suspensa e agora foi impedida de entrar nas instalações, tendo chamado a PSP
Uma auxiliar do Centro Social e Paroquial de Aver-o-Mar, na Póvoa do Varzim, diz que não recebe salário desde agosto de 2015, altura em que recusou uma mudança de horário que determinava que tinha de trabalhar ao domingo. Agora, Margarida Magalhães acusa a instituição de a impedir de entrar nas instalações.
Quando estava a terminar as férias, a funcionária foi informada por carta que passaria a ter o horário das 12:45 às 21:00 e trabalharia os sábados e domingos. Até então, o seu horário sempre tinha sido das 9:00 às 19:00, de segunda a sexta-feira, como explicou ao Jornal de Notícias. "Não aceitei. A partir desse dia nunca mais recebi o ordenado", referiu.
Margarida Magalhães trabalha há 11 anos na instituição. Começou no jardim de infância, mas nos últimos três anos estava no lar de terceira idade. Tem dois filhos menores e o "marido trabalha fora", razões que a levaram a recusar o novo horário. A viver apenas do ordenado do marido, a funcionária foi para tribunal com o caso, tendo continuado a trabalhar, mesmo sem receber o salário.
O Jornal de Notícias escreve que a auxiliar foi suspensa em março, devido a um processo de disciplinar. Na semana passada foi informada que a suspensão tinha terminado. Margarida Magalhães acabou por aceitar o novo horário, mas não trabalhou no domingo. Depois da folga, quando regressou à instituição, foi impedida de entrar, o que a levou a chamar a PSP.