Presidente alinhado com governo a desvalorizar críticas Conselho das Finanças Públicas refere-se a CDS como "partido isolado"
O Presidente da República saiu esta tarde em defesa do governo quanto ao Programa de Estabilidade, desvalorizando as críticas (do Conselho de Finanças Públicas) que tem recebido e até da decisão do CDS de levar o documento a votos na Assembleia da República.
Para Marcelo Rebelo de Sousa a palavra que importa é de Bruxelas, já que "o Conselho de Finanças Públicas [que duvida das contas de Centeno] é um órgão muito importante, mas verdadeiramente importante é a Comissão Europeia".
Para o chefe de Estado "o que interessa saber é se a Comissão Europeia(CE) aceita ou não os números do governo". Ou seja: está alinhado com o que disse o primeiro-ministro António Costa esta manhã.
Já questionado sobre se acredita na solidez dos números do governo, o Presidente não se quis comprometer: "Como imagina vou esperar uma reação da Comissão Europeia, não vai o Presidente da República andar na discussão dos números antes da CE falar".
Quanto ao facto do CDS levar o documento a votos, o Presidente, mostrou-se resignado, dizendo que "a democracia é isso". No entanto, acrescentou que "o CDS parece que é o único partido que quer levar os documentos [Programa de Estabilidade e Plano Nacional de Reformas] a votos, mesmo que os outros partidos tenham dito que discordam". Desvalorizando uma eventual instabilidade, Marcelo diz que o CDS avançará com a votação mas "como partido isolado no Parlamento", provavelmente a decisão "não fará vencimento".