A missão europeia ExoMars 2016, primeira de um programa da Agência Espacial Europeia e da russa Roscosmos e que integra tecnologia portuguesa, arrancou esta segunda-feira para Marte a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
"Estamos a caminho de Marte. Excelente", declarou o diretor geral da ESA, Jan Woerner, após o lançamento do foguetão russo.
O lançamento efetuou-se sem incidentes às 9.31 horas de Lisboa, como estava previsto, e o foguetão Proton-M deverá chegar a Marte em outubro, quando a cápsula espacial se irá dividir em duas partes.
Dentro de um foguetão russo Proton-M, seguem um satélite e um módulo de entrada, descida e aterragem em Marte. Ambos têm componentes 'made in' Portugal.
O plano de voo prevê que o satélite, o TGO, se separe do foguetão ao fim de dez horas e meia, e abra os painéis solares que lhe vão dar energia para continuar a viagem e se manter, depois, na órbita de Marte.
De acordo com a ESA, só a 16 de outubro, depois de entrar na órbita do planeta, é que o satélite se separa do módulo, o 'Schiaparelli', que deverá entrar na atmosfera marciana e aterrar na superfície passados três dias.
O ExoMars inclui uma segunda missão, que prevê o envio para Marte, em 2018, de um veículo robotizado, o primeiro europeu no planeta, que vai andar na superfície e recolher e analisar amostras do subsolo que possam conter marcadores biológicos de vida passada, ou até presente.