Vladimir Putin reagiu, sexta-feira, à morte do ex-assessor e milionário russo Mikhail Lesin, encontrado morto num hotel dos EUA.
Segundo um porta-voz, o Kremlin espera que os EUA forneçam "informação oficial detalhada" sobre a morte misteriosa de Lesin, ocorrida em 05 de novembro de 2015. Segundo a autópsia, agora conhecida, foi brutalmente agredido na cabeça, pelo que a morte não se deveu a um ataque cardíaco, como se afirmou no início.
Mikhail Lesin, de 57 anos, um ex-ministro da Informação acusado de atacar a liberdade de imprensa na Rússia de Putin, também apresentava ferimentos no pescoço, tronco, mãos e pés, revelou o principal inspetor médico da capital norte-americana, citado na imprensa norte-americana.
A informação oficial - divulgada mais de quatro meses depois da morte - contradiz informações divulgadas pela imprensa estatal russa, que, citando a família, noticiava que Lesin tinha morrido de um ataque cardíaco.
A informação agora divulgada também parece apontar para o facto de Lesin ter sido assassinado.
O "New York Times" reportou que os ferimentos de Lesin resultaram de "algum tipo de altercação" ocorrida antes de regressar ao Dupont Circle Hotel, onde estava hospedado.
A repentina morte de Lesin desencadeou uma série de teorias de conspiração na Federação Russa, mas a polícia de Washington já preveniu que era demasiado cedo para tirar conclusões e sublinhou que o exame da medicina legal tinha concluído que a forma da morte era "indeterminada".