Promotores do Estado de São Paulo pediram a prisão preventiva do ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva relacionada com a denúncia que apresentaram sobre crimes cometidos na aquisição de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral daquele Estado.
Segundo informações divulgadas, esta quinta-feira, pelos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, Lula é acusado de ter praticado os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, porque ele supostamente ocultou a propriedade do triplex.
Empresário brasileiro condenado a 19 anos de prisão
Oposição brasileira quer renúncia de Dilma após notícia comprometedora
Além do político, a sua mulher, Marisa Letícia, um dos filhos, Fábio Luís Lula da Silva e outras 13 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, num inquérito que corre em São Paulo, sem relação direta com a Operação Lava Jato.
Agora, a juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, de São Paulo, decidirá se o ex-Presidente será considerado réu face à denúncia dos promotores.
Esta não é a primeira suspeita de crime que relaciona a propriedade do apartamento de luxo no litoral paulista com o político. O imóvel também está a ser investigado pela Operação Lava Jato, que apura as denúncias de corrupção na petrolífera brasileira Petrobras.
No passado dia 04, o Ministério Público Federal publicou uma nota afirmando que há evidências de que o ex-Presidente recebeu, em 2014, pelo menos um milhão de reais (247 mil euros) sem aparente justificação económica lícita da construtora OAS, através de obras no apartamento de Guarujá.
"Há evidências de que o ex-Presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex", destacou a nota.