O Ministério da Saúde prevê integrar este ano mais 400 médicos de família e melhorar a rede de cuidados primários em cerca de 20%, anunciou o ministro da Saúde.
"Não sabemos qual vai ser a adesão dos profissionais, mas gostaríamos de trazer para dentro do sistema pelo menos 200 médicos [de medicina geral e familiar] aposentados e mais 200 novos", afirmou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
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De acordo com o ministro, estão "a acabar a especialidade perto de 400 jovens médicos de medicina geral e familiar pelo país todo", mas " este número vai ser prejudicado porque alguns dos mais velhos se vão aposentar e talvez fiquemos com menos de metade deste valor".
Os dados divulgados a 24 de fevereiro pela coordenação nacional para a reforma dos cuidados de saúde primários apontam para a existência de um milhão de utentes inscritos sem médico de família e para a necessidade de mais 616 clínicos.
Admitindo que "não será possível resolver tudo este ano" o ministro estima, no entanto, que a situação "possa ser melhorada em 20%" com o incentivo consignado no Orçamento de Estado para os médicos aposentados e as mudanças no concurso para colocação de recém-especialistas.
Adalberto Campos Fernandes falava nas Caldas da Rainha onde esta sexta-feira deu posse à nova administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que integra, para além do hospital local, as unidades de Torres Vedras e Peniche.
O novo conselho de administração é presidido por Ana Paula Harfouche e integra ainda Filomena Cabeça, Idalécio Lourenço, António Curado (Diretor Clínico) e a enfermeira-diretora Maria de Lurdes Ponciano.