Manuel Damásio, ex-presidente do Benfica, detido esta quinta-feira pela PJ, saiu em liberdade do tribunal mas sujeito a termo de identidade e residência.
Manuel Damásio foi indiciado por factos suscetíveis de integrarem os crimes de branqueamento e tráfico de influência e é ainda suspeito da prática de corrupção no comércio internacional e fraude fiscal, esclarece uma nota à imprensa divulgada, esta quinta-feira à noite, pela Procuradoria Geral da República.
Ex-presidente do Benfica Manuel Damásio foi detido
Na sequência da detenção efetuada no âmbito da designada operação "Rota do Atlântico", Manuel Damásio foi ouvido, durante a tarde, no Tribunal Central de Instrução Criminal. O juiz decidiu aplicar ao antigo presidente do Benfica as medidas de coação de proibição de contactos com arguidos, suspeitos e testemunhas, estando ainda sujeito às obrigações decorrentes do termo de identidade e residência.
À saída do tribunal, Manuel Damásio não prestou declarações e o advogado, Nobre Correia, fez apenas uma curta declaração, dizendo que o antigo presidente do Benfica foi constituído arguido e que "prestou as declarações que entendeu" e "os esclarecimentos que lhe foram solicitados pelo tribunal".
"Na sequência disso foi-lhe aplicada uma medida de coação restritiva de liberdade" e "uma medida de proibição de contactos com determinadas pessoas", acrescentou Nobre Correia, recusando-se a responder a mais perguntas.
Antes, em comunicado, a PJ precisou que a detenção ocorreu no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), e decorre de uma investigação iniciada em finais de 2014, que deu origem à operação "Rota do Atlântico".
O empresário de futebol José Veiga e o advogado Paulo Santana Lopes são dois dos arguidos na operação "Rota do Atlântico" que se encontram detidos desde 8 de fevereiro. José Veiga está em prisão preventiva e Paulo Santana Lopes em prisão domiciliária.