Uma em cada cinco raparigas com idades entre os 13 e os 18 anos toma tranquilizantes ou sedativos, a maioria com prescrição médica, uma realidade que está a preocupar as autoridades de saúde.
Estes dados foram divulgados esta quinta-feira, durante a apresentação do "Estudo sobre os Consumos de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências-2015", do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD).
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De acordo com Fernanda Feijão, autora do estudo, importa perceber "como é que há uma percentagem tão elevada de raparigas a precisar de medicamentos".
A responsável indicou que este é um indicador em que "costumamos estar acima da média europeia".
Manuel Cardoso, subdiretor geral do SICAD, explicou aos jornalistas que ainda não há uma explicação para estes consumos, mas considerou que 20% "é um valor muitíssimo alto" e que esta "questão tem de ser estudada".
Para Fernanda Feijão, "há um problema no feminino que deve ser investigado e sobre o qual a saúde se deve debruçar".
Este problema no feminino estende-se a outras áreas, como o consumo de bebidas alcoólicas, em que as raparigas levam a dianteira sobre os rapazes, no que respeita às bebidas espirituosas.