Desde 2013 até este ano, a ANA-Aeroportos de Portugal aumentou nove vezes as taxas cobradas às companhias aéreas, na Portela. O valor subiu 20%, a que se somam 17%, a título de ajustamentos anuais, diz a Rena-Associação das Companhias Aéreas em Portugal.
O presidente, Paulo Geisler, classifica a subida como "colossal" e admite que, a manter-se, poderá ameaçar as transportadoras. Nos outros aeroportos, as taxas subiram menos (nalguns casos, até desceram), mas também são criticadas pela Rena. Refutando as acusações, a ANA diz cumprir o contrato de concessão e que as taxas são inferiores às dos aeroportos lá elencados como termo de comparação.
Os argumentos da empresa comprada pela Vinci em 2013 não convencem, contudo, a IATA (International Air Transport Association), Ryanair, easyJet e Rena. Em outubro de 2015, num texto conjunto, protestaram junto da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). Defenderam que "as taxas devem refletir os custos" e disseram estar em causa a diretiva europeia das taxas aeroportuárias. Ainda, escrevem as companhias, o atual método de cálculo dos valores pode levar a "taxas excessivas".