Respiração
A respiração é crítica para a sobrevivência do organismo, e garanti-la é o ponto fundamental de qualquer procedimento de primeiros socorros. O cérebro tem lesões irreversíveis (necroses) em no máximo 6 minutos após a interrupção da respiração. Após 10 minutos, a morte cerebral é quase certa.
Para verificar a respiração, flexione a cabeça da vítima para trás, coloque o seu ouvido próximo à boca do acidentado, e ao mesmo tempo observe o movimento do tórax. Ouça e sinta se há ar saindo pela boca e pelas narinas da vítima. Veja se o tórax se eleva, indicando movimento respiratório.
Se não há movimentos respiratórios, isso indica que houve parada respiratória.
Abertura das vias respiratórias
O primeiro procedimento é verificar se há obstrução das vias aéreas do paciente. Para isso, deixe o queixo da vítima levemente erguido para facilitar a respiração. Usando os dedos, remova da boca objetos que possam dificultar a respiração: próteses, dentaduras, restos de alimentos, sangue e líquidos. Os movimentos do pescoço devem ser limitados, e com o máximo cuidado: lesões na medula podem causar danos irreparáveis. Também é bom ressaltar: nunca aproxime a mão ou os dedos na boca de uma vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques epilépticos.
Respiração artificial
É o processo mecânico empregado para restabelecer a respiração que deve ser ministrado imediatamente, em todos os casos de asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca.
Os pulmões precisam receber oxigênio, caso contrário ocorrerão sérios danos ao organismo no aspecto circulatório, com grandes implicações para o cérebro.
A respiração artificial pode ser feita de cinco modos:
a) boca a boca;
b) boca-nariz;
c) boca-nariz-boca;
d) boca-máscara;
e) por aparelhos (entubação).
A máscara de respiração é obrigatória para preservar o socorrista do contágio de doenças. Sendo utilizado contato direto com o paciente apenas em situações adversas.
Procedimentos
Os procedimentos são os seguintes:
deitar a vítima de costas sobre uma superfície lisa e firme;
retirar da boca da vítima próteses (dentaduras, aparelhos de correção, se possível) e restos de alimentos, desobstruindo as vias aéreas;
elevar com delicadeza o queixo da vítima, estabilizando a coluna cervical (é importante o cuidado com a medula e que a vítima não se movimente, especial atenção em casos de possível traumatismo);
tapar as narinas com o polegar e o indicador e abrir a boca da vítima completamente;
a partir dai o socorrista deverá respirar fundo, colocar sua boca sobre a boca da vítima (sem deixar nenhuma abertura) a soprar COM FORÇA por duas vezes seguidas , até encher os pulmões, que se elevarão;
afastar-se, tomar novamente ar e repetir a operação em média 12 vezes por minuto, de maneira uniforme e sem interrupção (ou seja, a cada 5 segundos a pessoa deve repetir a operação).
É importante dizer que a ausência de pulsação requer o procedimento de compressão torácica externa (massagem pulmonar) ou reanimação cardíaca vale dizer também que a pessoa que teve um ataque cardíaco não tem mais de 5 minutos de vida e a cada minuto que se passa a vitima perda 10% de chance de sobrevir