"Sou Pita Limjaroenrat, o próximo primeiro-ministro da Tailândia." Foi assim que o líder do partido Avançar, reformista, se apresentou aos jornalistas após a vitória histórica das eleições legislativas de domingo, esperando formar uma coligação que afaste do poder os generais que governam o país há quase uma década, na sequência do golpe militar de 2014.
As eleições, com uma participação recorde de 75,22% dos eleitores, deram uma vitória muito expressiva a Pita Limjaroenrat, um ex-executivo de 42 anos formado da universidade norte-americana de Harvard, garantindo-lhe, com mais de 14 milhões de votos, 151 dos 500 lugares da Câmara dos Representantes, enquanto o Nação Tailandesa Unida, do primeiro-ministro cessante, general Prayut Chan-O-Cha obteve apenas 36 assentos garantidos por 4,5 milhões de eleitores.
Em segundo lugar, com 10,8 milhões de votos e 141 eleitos, ficou o partido Pelos Tailandeses, liderado por Paetongtarn Shinawatra, a filha do antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que se encontra no exílio, e que já aceitou integrar uma coligação conduzida pelo vencedor.