João Costa afirmou, esta terça-feira, em audição na comissão de Educação, no Parlamento, que a tutela está "atenta" e "preocupada" com a evolução dos números da ação social escolar (ASE). O JN noticiou, esta terça-feira, que o número de alunos abrangidos pela ASE está a aumentar desde 2020. No ano letivo passado, a percentagem de estudantes beneficiários era de 37,4%.
O ministro da Educação disse aos deputados que existem "disparos de aumentos" da ação social escolar durante o ano letivo, por causa de alunos migrantes e com carência económica, que começam a frequentar as aulas apenas quando têm vagas nas escolas. "Em janeiro recebemos muitos alunos vindos do Brasil", exemplificou João Costa. "Estamos atentos e preocupados com a evolução dos números", acrescentou.
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A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Joana Mortágua interrogou o governante sobre possíveis medidas para responder aos pedidos de ação social escolar e defendeu que as "escolas não podem ser bancos alimentares". O JN dá conta, esta terça-feira, de agrupamentos escolares que organizam recolhas de alimentos para entregar cabazes às famílias carenciadas
João Costa disse desconhecer os casos, mas afirmou que as escolas "têm a capacidade de prestar assistência ao nível das refeições", em articulação com os municípios e as comissões de proteção de crianças e jovens. "Mal seria se o setor público não se organizasse para este tipo de apoio", respondeu o ministro da Educação a Joana Mortágua. A deputada do BE referiu que a "lei da ação social escolar não está a dar resposta" aos estudantes carenciados.