Desde o início do ano, já chegaram cerca de 396 novos pedidos de ajuda à Cruz Vermelha, uma média de 90 pedidos por mês. Ainda não vamos a meio do ano e os números já se aproximam do total de 2022, que, em média, registou 47 pedidos de auxilio em cada mês. Esta segunda-feira, assinala-se o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Os pedidos de ajuda, que todos os dias chegam à Cruz Vermelha Portuguesa, têm aumentado de dia para dia: tanto os pedidos para bens de primeira necessidade, com destaque para a alimentação e as despesas de saúde, como os pedidos para pagar as contas de casa (renda e faturas da água, da luz e do gás). Também os auxílios para despesas com óculos ou com próteses dentárias também têm sofrido um acréscimo.
Só este ano, entre 1 de janeiro e 5 de maio, já chegaram 396 novos pedidos de ajuda, o que, em média, representa mais de 90 pedidos mensais. Em igual período do ano anterior, a Cruz Vermelha Portuguesa recebeu 201 pedidos. Em apenas quatro meses e cinco dias, o número de solicitações já se aproxima do total dos 12 meses do ano anterior. Em 2022, àquela organização chegaram 567 novos pedidos, cerca de 47 por mês.
"Só nos primeiros dois primeiros meses deste ano, à nossa equipa central, chegou o dobro de pedidos de apoio face ao mesmo período de 2022", revelou a Cruz Vermelha Portuguesa, em declarações ao JN. Das solicitações recebidas no ano passado, "64% foram feitas por mulheres com famílias monoparentais" e a maioria das pessoas está entre os 50 e os 59 anos.
Mais de 48 mil solicitações
A estes números, juntam-se as solicitações que vão caindo nas 160 estruturas locais, espalhadas por todo o país, "que são a força executora nos territórios". No total, entre os pedidos que chegam à Equipa Central do Mais Feliz e os apoios alimentares destas estruturas locais, a Cruz Vermelha dá resposta a 48 229 solicitações.
Esta segunda-feira, dia 8 de maio, assinala-se o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. A Cruz Vermelha Portuguesa acredita que "o contexto de conflito, vivido na Europa e que levou à situação económica conhecida, não será alheio a este aumento do pedido de apoios".