Copenhaga anuncia planos para tornar o processo de aquisição da nacionalidade dinamarquesa mais rigoroso.
Segundo o ministro da Imigração e Integração dinamarquês, Kaare Dybvad Bek, nas mudanças divulgadas esta quinta-feira, os candidatos à cidadania nacional devem "viver na Dinamarca" até ao "aperto de mãos na cerimónia" oficial que se segue à aprovação formal, afirmando que a permanência dos candidatos na Dinamarca é uma questão de "senso comum" para adquirir a nacionalidade.
Atualmente, os cidadãos naturalizados conseguem mudar-se para o exterior depois de a candidatura - que é votada duas vezes por ano pelos deputados - ser aprovada pelo Parlamento. No entanto, a aquisição da cidadania pode demorar, da aprovação formal até à cerimónia oficial, dois anos para ser adquirida.
Os requisitos para a concessão da nacionalidade dinamarquesa, que já pressupõe um dos caminhos mais restritivos para a obtenção de cidadania na Europa, obriga a que os candidatos tenham de residir continuamente no país durante um período de nove anos - ou oito anos para refugiados ou pessoas sem nacionalidade.
De acordo com o portal do Governo, viagens de longa duração ou frequentes ao exterior "podem afetar" o cumprimento da "exigência de residência" para adquirir a nacionalidade dinamarquesa. Para que o requerente se possa naturalizar dinamarquês é ainda necessário que passe por testes separados de idioma e cidadania.
Segundo a Agência de notícias AFP, quase metade dos candidatos são rejeitados durante o processo de cidadania.