Organização Mundial da Saúde (OMS) fala em pelo menos 270 mortos e mais de 2600 feridos.
As Forças Armadas sudanesas e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, em inglês) pausaram as hostilidades após o anúncio, esta terça-feira, de um cessar-fogo por 24 horas. A disputa pelo poder no Sudão, que atingiu até representantes diplomáticos, matou já pelo menos 270 pessoas.
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A manhã desta terça-feira foi marcada por confrontos nas ruas da capital, com explosões e tanques. "Os bombardeamentos geralmente começam por volta das 4 da manhã e continuam por algumas horas, mas hoje [terça-feira] não pararam", disse uma moradora de Cartum citada pela agência France-Presse. Segundo a OMS, o conflito já matou 270 pessoas e feriu mais de 2600.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, fez ligações telefónicas separadas com o general Abdel Fattah al-Burhan e com o líder das RSF, Mohamed Hamdan Daglo. Os dois lados anunciaram um cessar-fogo por um período de 24 horas, iniciado ao final da tarde de ontem.
Ataques a diplomatas
Blinken, no Japão para a reunião dos representantes das diplomacias do G7, afirmou que uma comitiva dos EUA ficou "sob fogo" na segunda-feira. Apesar do "ato irresponsável", o grupo encontra-se agora "são e salvo", assegurou.
No mesmo dia, o embaixador da União Europeia (UE) no Sudão fora atacado na própria residência, episódio que é uma "grosseira violação da Convenção de Viena", segundo Josep Borrel. O chefe da diplomacia da UE referiu ainda esta terça-feira que há vários cidadãos europeus desaparecidos no país.