O PCP considerou "manifestamente insuficiente" o aumento das pensões de 3,57% anunciado esta segunda-feira pelo primeiro-ministro e prometeu continuar a luta por um acréscimo intercalar de 9,1%, com um mínimo de 60 euros.
Fernanda Mateus, membro do Comité Central do PCP, numa declaração gravada sobre o anúncio do aumento das reformas, disse que as medidas anunciadas pelo governo não só estão muito atrasadas, como são manifestamente insuficientes.
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"Aquilo que é necessário é o que o PCP preconiza. É necessário garantir um aumento intercalar de 9,1% nas pensões, com um aumento mínimo de 60 euros, e serem aplicados desde janeiro deste ano. É este o caminho de luta que é necessário", afirma Fernanda Mateus.
Começando por salientar que a luta dos reformados "vale a pena" e é "determinante" para continuar a lutar pela reposição do poder de compra e pelo direito a viver uma velhice com qualidade de vida e dignidade, a dirigente comunista lembrou que é o desenvolvimento social do país que se impõe.
"E, portanto, é pela luta que temos de continuar", conclui assim a declaração.
Os pensionistas vão ter, a partir de julho, um aumento de 3,57% nas suas pensões, anunciou hoje António Costa, no final de um Conselho de Ministros extraordinário que aprovou novas medidas de apoio ao rendimento.
"Na sequência do Programa de Estabilidade [hoje apresentado] fizemos hoje um Conselho de Ministros extraordinário que aprovou um aumento intercalar das pensões a partir do próximo mês de julho, no valor de 3,57%", disse o primeiro-ministro.