O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou este domingo PS, PSD e CDS de terem "as mãos manchadas" quanto à gestão da TAP, defendendo que está "muita coisa por explicar" no processo de privatização da companhia aérea portuguesa.
"O PS, PSD e CDS têm as mãos manchadas. Têm todos as mãos manchadas nisto", afirmou o secretário-geral do PCP, à margem de um almoço comemorativo da Revolução de Abril, em Vila do Conde, no distrito do Porto.
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Em declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo referiu-se ao acordo entre o Governo e o acionista privado da TAP em 2017.
"O ex-administrador comprou a TAP com dinheiro da TAP, com a concordância do PSD e do CDS. E agora vêm [PSD] pedir justificações, que são justas, ao PS por ter feito um negócio com o senhor administrador que não gastou dinheiro nenhum na TAP e ainda saiu com 55 milhões [de euros] no bolso", afirmou.
Paulo Raimundo disse ainda não perceber por que motivo o PS e o BE "inviabilizaram" a proposta da CDU (PCP/PEV) de alargamento da comissão de inquérito em curso sobre a TAP, defendendo que com o seu prolongamento seria possível esclarecer o processo de privatização da companhia.