O presidente norte-americano, Joe Biden, fez, esta segunda-feira, uso do veto presidencial pela primeira vez, rejeitando uma lei aprovada pela oposição Republicana que limitaria critérios de investimento responsáveis em fundos de pensões.
O presidente norte-americano argumentou que o texto, que rejeita a consideração de critérios ambientais, sociais ou de boa governação - apelidados de "ESG" - nas decisões de investimento de fundos de pensões, ameaça a "poupança para as pensões de reforma de indivíduos em todo o país".
RELACIONADOS
Projeto Willow. Biden aprova "bomba carbónica" de exploração de petróleo no Alasca
Em Atualização. Biden diz que sistema bancário norte-americano é "sólido"
EUA. Joe Biden defende que economia e inflação estão "na direção certa"
"Acabo de assinar este veto porque a legislação aprovada pelo Congresso colocaria em risco a poupança para as pensões de reforma de indivíduos em todo o país", disse Biden num vídeo publicano nas suas redes sociais.
A decisão de uso do veto, justificou, baseou-se na necessária defesa da relação entre investimentos considerados pelos gestores financeiros e a sustentabilidade ambiental, social e política.
O Governo de Biden já havia emitido anteriormente uma regra afirmando que os gestores financeiros podem pesar as mudanças climáticas e outros fatores ESG ao tomar decisões sobre investimentos de fundos de pensões em nome dos clientes.
A oposição poderá tentar anular o veto de Biden, mas neste momento parece improvável que consigam.
Apenas dois Democratas no Senado votaram a favor da medida, demonstrando ser improvável que os defensores do esforço no Congresso alcancem a maioria de dois terços necessária em cada Câmara para anular o veto.
O primeiro veto presidencial de Biden reflete a realidade de uma mudança na ordem política em Washington, com os Republicanos agora no controlo da Câmara de Representantes depois de a reconquistarem aos Democratas nas eleições intercalares de 2022.