Manuel Beja, presidente do Conselho de Administração da TAP, e Christine Ourmières-Widener, presidente executiva, são exonerados dos cargos, segundo anunciou o Governo. O acordo de saída de Alexandra Reis da TAP foi assinado por estas duas principais figuras da companhia e o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) determina a devolução da indemnização de 500 mil euros.
João Galamba, ministro das Infraestruturas, esclareceu que não cai o resto da administração na conferência de imprensa que realizou com o ministro das Finanças, Fernando Medina, a propósito da entrega do relatório da Inspeção-Geral de Finanças sobre a saída de Alexandra Reis da TAP, com uma indemnização de 500 mil euros. A versão provisória apontava para a existência de irregularidades na renúncia da antiga administradora executiva.
A administração da TAP e a ex-secretária de Estado do Tesouro foram notificadas para apresentar contraditório. Alexandre Reis disse que devolveria a quantia se houvesse qualquer ilegalidade, mas acabou por abandonar o Governo dias depois. O caso da indemnização polémica abriu uma crise no Governo, que levou à demissão de Alexandra Reis e do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
A auditoria foi pedida pelos dois ministérios após as notícias sobre o valor recebido por Alexandra Reis. E, em avaliação, estava a possibilidade de a rescisão com a antiga gestora ter violado o Estatuto do Gestor Público e a indemnização estar à margem da lei.