A Organização Mundial da Saúde (OMS) instou, esta sexta-feira, todos os países a partilharem as informações que têm sobre a origem da covid-19, após Washington ter apresentado a conclusão de que uma fuga de laboratório causou a pandemia.
Nos últimos dias, a origem da pandemia de covid-19, que fez milhões de mortos desde o final de 2019, ganhou nova atenção, depois de o FBI (polícia federal norte-americana) e o Departamento de Energia dos Estados Unidos terem determinado que a doença se propagou devido a uma fuga laboratorial na cidade chinesa de Wuhan.
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"Se um país dispõe de informações sobre a origem da pandemia, é essencial que essas informações sejam partilhadas com a OMS e a comunidade científica internacional", declarou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na sua habitual conferência de imprensa.
Não se trata de "apontar culpados", frisou, mas de "aumentar o nosso conhecimento sobre a forma como esta pandemia começou, para que possamos impedir as futuras epidemias e pandemias, prepararmo-nos para elas e reagir-lhes", explicou.
O diretor do FBI, Christopher Wray, afirmou esta semana que um acidente de laboratório em Wuhan esteve "muito provavelmente" na origem da pandemia de covid-19, dois dias após uma hipótese semelhante ter sido aventada pelo Departamento de Energia norte-americano.
Inquirida sobre essa questão, Maria Van Kerkhove, responsável pela resposta da OMS à covid-19, explicou que aquela agência especializada da ONU tinha pedido informações junto de altos responsáveis da representação diplomática dos Estados Unidos na ONU em Genebra, Suíça.
"Enviámos pedidos (...) para obter informações sobre o mais recente relatório do Departamento de Energia, mas também sobre os outros relatórios de diferentes agências norte-americanas", precisou.
"Neste momento, não temos acesso a esses relatórios ou aos dados que permitiram elaborar esses relatórios", afirmou.
A comunidade científica internacional considera essencial conhecer a origem deste flagelo global para poder melhor combater ou mesmo impedir uma próxima pandemia.