Um contingente da polícia polaca regressou, esta quinta-feira, ao país depois de cinco meses a trabalhar secretamente na Ucrânia para ajudar os operacionais ucranianos a desmantelar minas e neutralizar explosivos colocados pelas tropas russas.
Os polícias, que estiveram na Ucrânia a pedido das autoridades de Kiev, foram recebidos pelo Presidente da Polónia.
Andrzej Duda fez um discurso de boas-vindas e sublinhou que a missão apresentava um risco triplo devido ao perigo dos explosivos, à sua "colocação intencional" pela Rússia e ao facto de a operação decorrer numa zona de guerra.
"Foi um belo gesto da Polónia, feito com as vossas mãos, com a vossa dedicação ao serviço do próximo. Agradeço de todo o coração por isso, porque acredito profundamente, e sei, que as pessoas nunca esquecerão o vosso serviço lá [na Ucrânia]", disse Duda, citado pela agência polaca de notícias PAP.
"Vocês realizaram atividades de desminagem e pirotecnia destinadas a proteger a população civil da Ucrânia do perigo mortal (...) Estamos muito orgulhosos", acrescentou o ministro do Interior polaco, Mariusz Kaminski.
O discurso de Andrzej Duda foi feito dois dias depois do encontro que teve com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que visitou Varsóvia na terça-feira e elogiou a postura dos polacos para com os ucranianos.
Segundo disse Biden na altura, o apoio dado pela Polónia tem sido "verdadeiramente extraordinário".
O chefe de Estado norte-americano, que se reuniu, nesse dia, com o seu homólogo polaco, garantiu ainda que a Aliança Atlântica está "mais forte do que nunca", que a dedicação dos Estados Unidos à segurança da Europa é cada vez maior e que a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é "provavelmente, a aliança mais importante da História".