O sismo que devastou há uma semana o sul da Turquia e o noroeste da Síria causou pelo menos 40.943 mortes, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os dados avançados pelo diretor do Departamento Regional de Emergências da OMS, Rick Brennan, indicam que o terramoto de magnitude 7,8, seguido de uma forte réplica de 7,5, na escala aberta de Richter, provocaram 31.643 mortos na Turquia e cerca de 9.300 na Síria.
RELACIONADOS
Sismo. Ajuda curda entra pelo noroeste da Síria após uma semana de bloqueio
Brennan, citado pela cadeia de televisão britânica Sky News, adiantou ainda que, na Síria, país assolado por uma guerra civil desde 2011, cerca de 4.800 pessoas morreram nas áreas controladas pelo regime do presidente Bashar Al-Assad, enquanto nas áreas controladas pelos rebeldes foram contabilizadas cerca de 4.500 vítimas mortais.
Por outro lado, esta segunda-feira, Bunyamin Idaci, um homem de 35 anos, foi resgatado depois de passar 177 horas sob os escombros de um dos prédios que desabou devido ao terremoto em Adiyman, na Turquia, uma das cidades mais afetadas, informou a agência de notícias turca Anadolu.
Sete dias após o terremoto, a imprensa turca também informou que as equipas de resgate encontraram outra sobrevivente, Sibel Kaya, de 40 anos, que estava sob os escombros em Gaziantep, sendo resgatada 170 horas após o desastre.
Em Hatay, Naide Umar também foi encontrada viva cerca de 175 horas após o terremoto.
Domingo, as Nações Unidas afirmaram que o balanço de vítimas mortais poderá duplicar, dado que milhares de pessoas continuam sob os escombros dos prédios que colapsaram.
Vários países, incluindo Portugal, enviaram equipas especializadas de busca e salvamento para a Turquia, mas a ajuda à Síria tem sido dificultada pela guerra civil iniciada em 2011.
O conflito na Síria já matou quase meio milhão de pessoas e devastou as infraestruturas do país.
A região afetada pela catástrofe de há uma semana, no noroeste da Síria, é uma das que estão sob controlo de forças rebeldes que combatem o regime de al-Assad, que conta com o apoio da Rússia e do Irão.