A Arménia anunciou, esta terça-feira, o envio de equipas de resgate para a Turquia, com a qual não mantém relações diplomáticas há vários anos, e para a Síria, após os violentos sismos de segunda-feira.
"A Arménia vai enviar equipas de resgate para a Síria e para a Turquia, para apoiar o trabalho de resgate nas regiões afetadas pelo terramoto", escreveu o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Vahan Kostanyan, numa mensagem na rede social Twitter.
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Na segunda-feira, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, já tinha apresentado as condolências à Turquia e à Síria pelas vítimas dos fortes sismos que abalaram ambos os países, expressando disponibilidade para fornecer a ajuda.
"Estou triste com a notícia do terramoto devastador na Turquia e na Síria, que resultou na perda de tantas vidas. As nossas mais profundas condolências às famílias das vítimas e votos de rápida recuperação aos feridos", disse Pashinyan.
A agência noticiosa Armenpress já tinha noticiado que a atividade sísmica na região também foi sentida em aldeias arménias na fronteira com a Turquia.
Erevan e Ancara não têm relações diplomáticas devido à recusa da Turquia em reconhecer o genocídio de 1,5 milhões de arménios pelo Império Otomano em 1915.
Em 1993, devido à falta de uma solução para o conflito em Nagorno-Karabakh, a Turquia fechou a fronteira de cerca de 330 quilómetros com a Arménia em solidariedade com o Azerbaijão, país que fora derrotado na guerra pelo controlo do território separatista.
Em dezembro de 2021, um ano depois de Baku ter vencido a segunda guerra de Karabakh com ajuda turca, Ancara anunciou que tomaria medidas para normalizar as relações com a Arménia, como a nomeação de representantes oficiais e o restabelecimento de voos diretos.